O encerramento do Fórum Mundial de Educação (FME) contou com uma Marcha Cultural que saiu ao meio-dia do Centro Desportivo Municipal (CDM) e percorreu as ruas Appel, Avenida Presidente Vargas, Serafim Valandro, Dr. Bozzano, chegando às 12h48 no Calçadão Salvador Isaía – onde está sendo realizada a Mostra Mundial de Economia Solidária. Na caminhada estiveram presentes o Prefeito Valdeci Oliveira, o Secretário de Educação, Carlos Pires e o Secretário de Esporte, Celso Giacomini, que junto a mais de 300 pessoas entoavam “Fórum Mundial de Educação, Santa Maria no coração”.
Durante os quatro dias do FME foram discutidas maneira viáveis de se construir uma sociedade mais igualitária pautada em princípios éticos e em laços de fraternidade tendo como cerne a educação. Economia Solidária e Ética Planetária nortearam as palestras e oficinas durante o Fórum. Mais de 15 mil pessoas passaram pelo CDM nos quatro dias do FME e cerca de 35 mil pessoas engajaram-se à causa através de oficinas e atividades culturais. Delegações de diferentes países estiveram presentes na cidade e dialogaram em prol de uma educação mais humanizadora, emancipadora e justa.
O Prefeito, Valdeci Oliveira, ressaltou a importância da participação de todos para a viabilização do Fórum na cidade e enalteceu que todos foram protagonistas deste bonito evento. Valdeci, em seu pronunciamento, grifou que é possível chegar a objetivos comuns com unidade coletiva. Lembrou aos presentes que no próximo mês começa a XV Feira de Economia Solidária. “O o coração do Rio Grande também é o coração da economia solidária”, ressaltou. Ainda salientou o reconhecimento da cidade ao consolidar-se em âmbito mundial como referência para transformar a sociedade através da educação. O Prefeito finalizou ao dizer que a educação não é somente programa de governo de sua administração e sim um projeto de vida.
A Carta
Após a chegada da Marcha na Praça Saldanha Marinho, foi lida a Carta de Santa Maria, com o resultado dos quatro dias de debates e conferências do FME. No documento foi dada ênfase para a construção de uma globalização alternativa que não tenha como fim único a competitividade e sim a ajuda mútua entre os povos. Assim como a construção de políticas públicas que propiciem a construção de uma sociedade mais isonômica, humanizadora e solidária.
Ainda foi salientado que através de discussões como as promovidas pelo FME é que se darão mudanças concretas que permitam fazer da sociedade um lugar mais justo. A Carta enfatizou o respeito às diferenças de toda a ordem e a necessidade da universalização dos bens da humanidade – como água, a democratização dos meios de comunicação, ações que priorizem o ensino e a pesquisa através de ações conjuntas entre os povos.
O parágrafo final reafirmou a necessidade de políticas públicas e práticas que viabilizem uma educação libertadora, emancipadora e inclusiva. O FME deixou evidenciado que um outro mundo é possível através da educação.
Colaboração: Texto Marcelo Martins